Na arte brasileira existem muitas figuras conhecidas, inclusive mulheres que realizaram uma grande disrupção desde o modernismo. Neste episódio vamos conhecer as 5 mulheres mais influentes da arte brasileira.
Com nosso primeiro nome da lista, vamos dar a abertura à Tarsila do Amaral, a mais conhecida da arte brasileira, na qual ajudou a inserir ainda mais mulheres no mercado.
Foi uma das fundadoras da conhecida Semana de 22 e do movimento antropófago que marca o início do modernismo no Brasil.
Em 1916, Tarsila estudou pintura com acadêmico Pedro Alexandrino, em uma época que não haviam muitos museus públicos e galerias comerciais significativas.
Por conta dessas dificuldades, a artista viajou pela Europa com sua família onde conheceu outros movimentos que estavam saindo do academicismo.
Em seu retorno aplicou grande parte do que foi visto, trazendo sua poética e estética para elementos provenientes da cultura brasileira.
Seu reconhecimento explodiu logo após a Semana de 22 com uma forte aplicação do modernismo e desconstrução da estética acadêmica com obra como: Os Operários, Abaporu, Antropofagia e A Negra.
Nossa segunda seleção foi Anita Malfatti, pioneira na introdução do modernismo americano e europeu no Brasil, mudando drasticamente as propostas a teorias da arte em âmbito nacional.
A artista iniciou seus estudos em São Paulo, mas sua curiosidade com ideias além da proposta acadêmica a levaram para prosseguir seus estudos em Berlim em 1912.
Sua estética foi muito influenciada pelo expressionismo alemão em ênfase na sua paleta de cores. Durante o mesmo período ganhou notoriedade na Armory Show em Colônia na Alemanha.
Em seu retorno ao Brasil, realizou a mostra: exposição de Pintura Moderna, fazendo uma seleção cuidadosa, removendo obras de nus artísticos e da mesma forma recebeu inúmeras críticas por sua disrupção.
Algumas obras que podemos destacar são: A estudante, O homem de 7 cores, A Boba e O farol de Monhegan.
Já com as aplicações do modernismo tomando influência na arte Brasileira nossa terceira artista é Colette Pujol que se dedicou a produção de naturezas-mortas, florais, paisagens e figuras.
Por conta da sua nacionalidade francesa, estudou na Escola de Belas Artes e na Academia Julian, mesma que Tarsila do Amaral cursou enquanto estava na Europa.
Em sua obra, propôs uma produção com uma paleta de cores abaixo das tonalidades padrões com uma proposta visual de forte perspectiva.
Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas além de receber diversos prêmios e uma menção honrosa no Salão dos Artistas Franceses.
Também foi professora de artes, em destaque um de seus alunos foi o artista Arcangelo Ianelli.
Podemos destacar as obras: Azul e Sol, Igreja São Francisco de Assis e Garrafão com Mexericas.
Para quarta artista da lista temos, Djanira. Ela foi uma artista de São Paulo que se mudou para o Rio de Janeiro por conta de problemas de saúde. Se estabeleceu no bairro de Santa Tereza onde viveu em uma pensão na qual um dos seus residentes era o artista Emeric Marcier.
Emeric foi um grande motivador de Djanira na qual desenvolveu um estilo Naif, se tornando uma referência nacional anos mais tarde.
Por conta de seu estilo diferenciado para época no Brasil, foi convidada para o 48 salão nacional de belas artes em 1942 e no ano seguinte teve sua primeira individual na Associação Brasileira de Imprensa.
Em 1945 conheceu mais artista influentes da época em Nova Iorque. Retornando ao Brasil realiza a obra Candomblé, um mural na residência de Jorge Amado em Salvador.
Suas obras são primariamente escuras com uma paleta derivada do cinza, marrom e preto. Durante sua temática buscou retratar fortemente a cultura afro-brasileira.
Sua obra faz parte de muitos acervos particulares. Algumas obras da artista são: Figuras com Galo, O circo, Candomblé e Mercado de Peixe.
Nossa última artista da Lista é Lygia Pape, pioneira no movimento concretista brasileiro nos anos 50 e 60.
A obra da artista retrata experimentações mecânicas na qual requerem uma participação do apreciador em sua análise com apoio à contemplação da obra por completo.
Durante os anos 60 e 70 em plena ditadura militar, começa a realizar vídeos e instalações com metáforas críticas aos regime da época e apenas nos anos 80 sua crítica fica clara ou público.
As obras em geral são fortemente existenciais e sensoriais propondo experiências de vida baseadas na geometria.
Podemos destacar as obras: Tecelar, Ttéia 1 e a Série bichos
Contudo, podemos ver o quanto a arte brasileira evoluiu, e olhando por outro angulo aos dias de hoje, é possível compreender a influência das artistas citadas.
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